A humanização como orientação de vida
- Grupo Luta Pela Vida
- 29 de jan. de 2021
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Ela é a primeira pessoa que o paciente oncológico tem contato ao entrar no Hospital do Câncer em Uberlândia. Ser a primeira impressão de um lugar onde milhares de pessoas lutam por suas vidas diariamente possui suas responsabilidades e Terezinha as reconhece muito bem. Dos quase dezessete anos atuando como colaboradora do Grupo Luta Pela Vida dentro do Hospital, dez deles estão na recepção da instituição.
Atualmente, Terezinha Gorete Alves de Oliveira é auxiliar administrativo do GLPV e ocupa o cargo na recepção desde 2011, após pedir uma oportunidade para ter uma atuação mais próxima do paciente. "Sempre gostei de lidar com pessoas, sentia que eu poderia fazer mais pro paciente. Foi quando eu pedi a oportunidade, que foi concedida um tempo depois”, conta. Nessa função, Terezinha além de ser a bússola dos pacientes dentro do Hospital, direcionando cada pessoa para o seu destino, ela reconhece que é importante atuar com carinho e levar um pouco de cuidado para o dia daquele paciente.
Além disso, Terezinha é a guardiã das chaves do Hospital do Câncer. Todos os dias, ela deve estar pontualmente às 6h no Hospital e abrir todas as portas da instituição, inclusive a porta de entrada. Logo após isso, é seu dever também ligar os computadores de todos os colegas e ela faz isso rapidamente, pois logo em seguida deve começar a adiantar a distribuição de senhas para os pacientes que vão colher sangue e, por fim, assumir seu ponto na recepção até o fim do expediente.
Durante a pandemia que assolou o mundo, Terezinha se tornou a linha de frente de uma instituição de saúde. Para muitos, essa posição causaria medo e diversas sensações desconfortáveis e apesar de assumir que houveram momentos de insegurança, a recepcionista vestiu tudo que poderia sentir de ruim e partiu para a batalha, pois, segundo ela, sua responsabilidade em prol do paciente tinha aumentado. “Não poderia apavorar, porque o trabalho precisa ser feito. “O paciente já chega com várias dúvidas, medos e inseguranças provocados pelo tratamento e pelo medo de contrair a COVID, então eu tenho que transmitir essa segurança”. E tem feito isso com maestria.
Depois de todos esses anos trabalhando no Grupo Luta Pela Vida, Terezinha reconhece que é um ser humano melhor, “desde que entrei aqui, aprendi muito sobre solidariedade, humanização e a me colocar no lugar das pessoas”, e completa, “Eu sinto amor pelo que eu faço. Chegam pacientes tristes com o diagnóstico o tempo todo, e eles precisam de carinho, de uma palavra amiga. Faço diferença para eles naquele momento”.
Terezinha é a personificação dos valores do Grupo Luta Pela Vida. Sua função dentro do Grupo vai além das já descritas acima, ela é uma inspiração e uma orientação de devoção e pertencimento na luta pela vida.